Antes da cidade
havia um deserto
e um cravo aberto
voltado ao firmamento
também havia
trigo esperança
centeio herança
e homens sem cobardia
e as pessoas eram felizes
e as flores não eram colhidas
vieram depois os autocratas
e o lavrador burguês
trocou a enxada
pela espingarda guardada
assim nasceu a cidade
com rosas de caridade
agora o arado
são forças vencidas
do tal burguês camponês
onde cruzam baionetas floridas.
Victor Aparício, A Sinfonia de Uma Cidade
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
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1 comentário:
De verdade que o arado foi ficando para trás. Agora são as máquinas que lavram a terra para as sementeiras. Como o turismo é mais rentoso... importamos sereais no lugar de os exportarmos.
Jinhos
da miginha
Isa
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