domingo, 7 de setembro de 2008

Adeus, meu grande amor, adeus... adeus...

Lutei, sofri, amei até ao fim
Que sinto aproximar-se nesta hora.
Não sei para onde vou nem donde vim,
Não sei quem fui nem sei quem sou agora.

Só sei, amor, que estás ao pé de mim,
Não foste como as outras logo embora.
Ficaste, meu amor, ficaste assim
Ouvindo, terna, minha voz implora:

Não te importes que chore, gema, grite,
Faz do meu corpo tudo o que quiseres
Mas tudo, tudo, tudo, sem limites.

Eu morra no mais casto dos prazeres
- O derradeiro beijo ainda excite
Orgasmos à mais pura das mulheres.



José Malheiro, Literatura Actual de Almada

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