percorro na escuridão
a tua nudez brilhante
flutuo,
enquanto dou corda ao sonho
que espero que não acabe.
o relógio parou,
e o teu corpo trémulo
derrete com a voz
do Animal Selvagem
que ri no teu espelho
ele traz uma flor
na lapela
chamada Amor,
que como uma serpente
invade o nosso leito
adocicando ainda mais
tanto mel.
sorris para mim
quando me perco em ti
és a poesia perfeita
que devoro
palavra a palavra
ou a infinita melodia
enriquecida pelo
gemido das ondas
a invadir a areia.
Perguntas-me:
- és a continuação do problema ou a solução?
olho-te nos olhos e murmuro:
- sou o teorema. e tu és a fórmula.
(soltamos uma gargalhada em conjunto,
enquanto o nascer do Sol
ilumina o quarto)
Ray Só, Debaixo do Bulcão – Poezine, n.º 19
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
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