Enregelado
Pela noite gélida
Passada
No vão da escada
Sujo
Por não ter ensejo
De água
Nem de despejo
Bateu
À porta por caridade
Donde lhe respondeu:
Vai-te! Que sujidade!
Esfomeado
E sujo
E muito mais enregelado
E já sem desejo...
Buscou porta melhor
Com resignação...
E sentindo com dor
A sujidade daquele coração...
Guy Brandão, Versos II
domingo, 7 de setembro de 2008
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