Dia a dia nos bombardeiam
O leite ao pequeno-almoço
Com novas guerras, tantas bombas
Tantos mortos mundo fora...
Já nem há paz prá torrada
Anda tudo em alvoroço.
Dia a dia nos envenenam
O gostinho bom da sopa
Com as notícias dos jornais,
Mais dinheiro para armas,
Mais fábricas de materiais
Para melhor guerrear
Para onde um dia - quem sabe? -
Eu terei de ir trabalhar.
À noite, de olhar crispado, frente à
[televisão
Cuidado que lá vem um foguetão!
Não, é um míssil
Direitinho ao pudim
(Quem dera fosse tudo na brincadeira!)
Mas os homens vão-se matando
- Por nada –
Desta ou daquela maneira.
E eu a julgar
Que crescíamos para aprender
A ser felizes
Ver o sol fazer brotar flores das raízes
E irmos habituando as mãos
Nas ferramentas da vida!
Vai pra cima de milénios
Que esta história nos faz medo:
Chorar misérias da guerra,
Rezando a esperanças da Paz
Que um dia – ah, um dia! - Há-de vir.
Caramba! Não é já tempo
de podermos todos sorrir?
Gertrudes Santos, O Sabor das Palavras, n.º 2
domingo, 7 de setembro de 2008
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