segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Símbolo

Foi aquela mulher, tão triste, tão triste
Que vi nesse dia tão perto da morte...
Vida naquele corpo já não existe.
Viver tristezas... Talvez sua sorte!...

Eu não posso, sem lágrimas, recordá-la.
Sem que aquela saudade me aborreça,
Sem que longo suspiro me estremeça,
Sem que o coração não queira amá-la.

Mas quando abandono esta saudade
Pressinto fugir-me a felicidade
Que me deixa a vida da minha vida...

Como se eu já fosse velho
Ela fosse a chama do meu conselho
Ou o bálsamo para a minha ferida...



Ruben Borges, Actualidades

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