nos fios do sol
deixámos o nosso
atado
éramos pássaros
livres
(assim pensávamos)
o infinito cresce nos nossos olhos
de terra batida
onde nos cercamos de papoilas
aconchegados no silêncio
já não interrogamos
amamos
sugando a noite
até á última estrela
os vidros estão todos quebrados
os das janelas
os das lentes
os das clarabóias
mas não há frio
nem névoa
nem nuvens
que nos separem
atados
lado a lado
estamos do lado em que se nasce
Joaquim Matos, Literatura Actual de Almada
domingo, 7 de setembro de 2008
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