Do beiral do meu telhado,
Vejo uma cidade boa
Cidade velha talhada,
A minha velha Lisboa.
Das suas sete colinas,
Vê-se a sua imensidão,
Parece ouvir-se varinas,
Ainda se vive a ilusão.
Nos seus bairros castiços,
Pelas ruelas e becos,
Há permanentes feitiços
Só quebrados pelos ecos.
Nas janelas há flores.
E nas ruas passam rosas,
Que lembram velhos odores,
Enquanto voam mariposas.
É Lisboa cidade nova,
Que vive com emoção.
É Lisboa que se renova
Numa permanente paixão.
Nos seus centros hodiernos,
Vive-se, hoje, brutal paixão,
Quer-se transformar em moderno,
Uma permanente ilusão.
Joaquim Pina, Versos Que Alguns Escreveram
domingo, 7 de setembro de 2008
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