domingo, 7 de setembro de 2008

Realidade parada

Vim da cidade, a realidade parada!
Ruas-passeios, rotundas encruzilhadas!
Vivo nas casinhas das pessoas vivas encaixotadas!

Cidade realidade parada...
Na fotocópia da rima inventada,
com a terapia quimico-practica?
Não ter corpo para desencontros,
numa realidade melhor disfarçada?

Quero eu ser outro?
Ou outro eu sou eu à mesma?
Um eu camuflado ou torto,
morria um eu e nascia outro?
Ou continuava eu, mas fingindo-me de morto?



João Gomes, Debaixo do Bulcão – Poezine, n.º 23

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