Quem parte leva sempre a melhor parte
daquele que, assim, pobre ficou.
Quem fica esconde a tristeza com arte,
quem parte nunca dirá que chorou.
Ficar será melhor? Ou é partir?
(enganos de longas horas que demoram)
Quem parte mente quando quer sorrir,
quem fica sorri também. Mas ambos choram.
Deste jogo de partida e de chegada
nasce a ausência de tristeza amargurada
- que a vida é ingrata! E não pensou
que ao amor é permitido um desvario:
quem fica faz de conta que partiu,
quem parte faz de conta que ficou.
Maria Guinot, Esta Palavra Mulher
domingo, 7 de setembro de 2008
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