domingo, 7 de setembro de 2008

Das ruas desertas renasço

das ruas desertas renasço
sem que as mortes
me abandonem
ou outros
lábios me acalmem a saudade

pelos olhos
turvos de paixão e de fel
contamino a alma

voyeur desta cidade
que espelha nos neons
os seus moribundos



João Vasco Henriques, Uma Dúzia de Páginas de Poesia,
Colecção Index Poesis, n.º 13

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